HORDÉOLO
É uma infecção aguda da pálpebra. Pode ser externa ou interna. Chamada popularmente de terçol. É uma lesão dolorosa, com edema e hiperemia local. Geralmente se deve a uma infecção estafilocócica. O tratamento geralmente é feito com pomada de antibiótico e compressa morna.

XANTELASMA
São placas amareladas macias de tamanho variado, que podem aparecer na pálpebra superior e/ou inferior. Podem ser únicas ou várias. Acometem mais indivíduos de meia-idade ou idosos e podem estar relacionadas com um aumento nos níveis de lipídios sanguíneos (colesterol ou triglicerídeos). O tratamento é cirúrgico.
TRIQUÍASE
Caracteriza-se pela alteração da direção do cílio que, emergindo normalmente do folheto palpebral anterior, encurva-se e toca o globo ocular. As causas são os processos inflamatórios e infecciosos que afetam a margem palpebral e os folículos pilosos (blefarite, Tracoma), doenças conjuntivais cicatrizantes (síndrome de Stevens-Johnson) e trauma. Os sintomas são: sensação de corpo estranho, fotofobia, lacrimejamento e secreção seromucosa. A escolha do tratamento depende da quantidade de cílios e da causa; normalmente é cirúrgico.

ENTRÓPIO
É a inversão da margem palpebral (pálpebra para dentro), levando os cílios em direção ao globo ocular. Pode ser congênito, que é muito raro, ou adquirido. A forma adquirida pode ser involucional (senil) ou cicatricial. O tratamento é cirúrgico.
ECTRÓPIO
É o inverso do entrópio: é a eversão da margem palpebral. Pode ser congênito ou adquirido. A forma adquirida mais freqüente é a involucional, ou senil. Os sinais e sintomas são: conjuntivite crônica, ceratite, lacrimejamento e dor. O tratamento é cirúrgico.
PTOSE PALPEBRAL
A margem da pálpebra superior situa-se abaixo da sua posição normal, ou seja, é a queda da pálpebra superior. Pode ser congênita ou adquirida. A forma adquirida involucional (senil) é a mais freqüente. Pode ser unilateral ou bilateral. Dependendo do grau de ptose palpebral, o paciente pode apresentar comprometimento do campo visual. O tratamento é cirúrgico, sob anestesia local e alta hospitalar logo após o procedimento, havendo técnicas adequadas e bastante eficientes para cada caso.

TUMOR PALPEBRAL
As pálpebras podem ser sítio de vários tipos de lesões tumorais benignas e malignas. O diagnóstico destas lesões é importante para que tratamento adequado seja realizado. Nas pálpebras, o tumor maligno mais comum é o carcinoma basocelular. Afeta preferencialmente indivíduos de pele clara, com antecedentes de exposição ao sol. Era observado mais em paciente idosos (50-80 anos), porém tem-se diagnosticado este tumor em pacientes mais jovens. As lesões mais comuns são: elevadas, firmes, com telangiectasias na superfície; durante o crescimento, o centro pode se tornar ulcerado e com crostas na superfície. O tratamento é cirúrgico. O anatomopatológico deve ser realizado para confirmar o diagnóstico e a remoção completa da lesão.

DERMATOCÁLASE
É o excesso de pele palpebral; pode acometer as pálpebras superiores e/ou inferiores e estar associado as bolsas de gordura volumosas. Pode ser um problema estético e/ou funcional. A principal queixa é peso nas pálpebras. O excesso de pele das pálpebras superiores pode reduzir o campo visual superior. O tratamento é cirúrgico.